Manifestantes prometem mais mobilização em SP

Niterói, RJ - Protesto contra o aumento da passagem de ônibus em Niterói (RJ), nesta quarta-feira (19). Os jovens entraram na Avenida Ernani Amaral Peixoto, que foi fechada para o trânsito
A redução da tarifa de ônibus foi comemorada por centenas de pessoas na noite desta quarta-feira, na Avenida Paulista, em São Paulo. Não como um triunfo final, mas como a primeira vitória de um movimento popular que deverá ser ampliado para outros temas. "Tá só começando" e "a tarifa caiu, mas a luta não acabou" eram os coros que prevaleciam na avenida.
"Começou por causa dos R$ 3,20, mas não é só isso; tem muita coisa para fazer ainda", disse a bailarina Luana Marques, de 22 anos. "Não sei para onde a coisa vai virar agora, mas sei que quero me expressar, quero mudar alguma coisa. Espero que o movimento continue e se multiplique sobre outros temas mais importantes."
"Comemoramos a vitória, mas vamos protestar mais,
sim
, porque foi só o começo", disse a estudante Maria Waughan, de 25 anos, do Movimento Juntos. O professor Danilo Brisco, do mesmo grupo, disse que o próximo tema de protesto será o deputado Marco Feliciano (PSC-SP), presidente da Comissão de Direitos Humanos e Minorias da Câmara, que na noite anterior havia aprovado o projeto da chamada "cura gay". "Ele é uma figura que tem de ser extirpada da política brasileira; isso não pode continuar acontecendo. Nossa atenção vai para ele agora", disse Brisco. Uma manifestação contra o deputado foi marcada para sexta-feira, na Praça Roosevelt.
A comemoração pela queda da tarifa começou às 20 horas em frente ao Masp, com cerca de mil pessoas, segundo a estimativa de policiais militares que fizeram a segurança no local. Um trecho da avenida foi fechado nos dois sentidos para permitir a comemoração, mas metade das pessoas preferiu descer pela Rua da Consolação até o centro, apesar de alertas de outros manifestantes de que "ia dar confusão".
"A polícia disse que podemos ficar no Masp, que não vai ter problema nenhum. Vamos sair daqui para tomar bala de borracha, pra quê?", questionava Ricardo Almeida, de 21 anos, do grupo Anonymous. "A luta não é contra a polícia, é contra o sistema", afirmava, tentando convencer as pessoas a ficar.
Fonte: Estadão
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